INSS e suas perícias falhas, relato autoral...


    Minha história não  muito feliz sobre os ultimos acontecimentos com a minha pessoa, meu problema inicia-se em 2009, quando pela primeira vez cortei na altura do tornozelo da  perna esquerda aproximadamente uns10 cm, como todo homem teimoso que deve ser para não ficar afastado do trabalho, fui no posto de saúde para o curativo e comecei a pegar material na farmácia e iniciei o tratamento em casa mesmo. Fiquei nesse tratamento por longo tempo sem fechar a ferida que inicialmente estava infeccionada por falta de um ambiente higienizado e estéril como em uma sala de curativos.

    Passaram-se 5 anos e em 2014, a perna ficou muito inchadae vermelha, fui ao posto de saúde o médico avaliou a minha perna e me receitou uma pomada que agora não me recordo o nome, como nunca tinha usado não sabia que tinha alergia adversa do medicamento, passei a pomada na altura do joelho até o tornozelo, dias se passa e a queimação e dor junto com o vermelhidão aumentam, tive que recorrer a um grande hospital da minha cidade, avaliação do médico foi: "você precisará fazer uma debridação na área que foi passada a pomada", juro que não sabia o que era a tal "debridação", que foi a retirada de toda a pele da perna esqueda onde tinha passado a pomada, fiz esse procedimento e passei por dias de muitas dores até a pele voltar ao "normal", voltei ao trabalho mesmo assim pois não queria ficar muito tempo afastado do meu tão sonhado emprego a sala de aula pois tinha me formado e agora lecionava História, um sonho realizado.

    Com o acidente de 2009, veias na perna esquerda ficaram comprometidas e como ficava muito tempo em pé para ministrar as minhas aulas fui ganhando aos poucos várias varizes, e com a insuficiencia venosa na região do tornozelo uma pequena ferida abriu e não fechou mais, fiquei relutando em tratamentos para fechar e nada adiantava. Em 2017, parado no semáfaro no centro da minha cidade estava eu indo conhecer a nova escola onde iria trabalhar pensando e arquitetando o trajeto por onde eu iria fazer por alguns dias, meu contrato na escola anterior tinha terminado pois era professor temporário.

    Foi ai que minha vida foi só ladeira a baixo, como o sinal estava amarelo e estava muito  longe para passar troquei de faixa para a direita e fiquei aguardando o sinal abrir para prosseguir a minha viagem, só que um cidadão abençoado não fez o mesmo que eu, bateu na minha moto e me lançou por cima da calçada, fugindo em seguida sem prestar socorro, as câmeras de segurança da via estavam em manutenção, tudo conspirava contra a minha pessoa naquele dia. Com a batida o osso da perna apenas "trincou" mas não fraturou expostamente, mas sempre ele o "mas" a valvúla que fica atrás do joelho esquerdo responsável por controlar o fluxo de sangue subindo e descendo foi comprometido, ese estava ruim em circular sangue para a perna piorou ainda mais, e quase que todas as veias da perna esquerda romperam.

    De 2017, para cá ganhei uma ferida crônica e praticamente não fechou mais, com muitas dores sempre na perna esquerda, tive que me afastar do meu outro emprego não mais de professor pois não mais aguentava ficar em pé por muito tempo e agora auxiliar de cozinha, fiquei no trabalho por aproximadamente 7 meses, quando deu uma infecção generalizada na ferida e tinha a probabilidade de até amputar a mesma devido a gravidade da infecção que generalizou, eu não queria para de trabalhar pois tenho 5 filhos para sustentar ainda e ficar sem receber um salário não era uma opção para mim, 3 filhas do primeiro casamento e uma menina e um menino do segundo casamento.

    Ainda em 2017, fui afastado pela empresa para tratamento e depois fui enconstado pelo INSS, a ferida não fechada por nada nesse mundo, quem tem uma ferida em região de insuficiência venosa saberá o que é passar por isto, em 2021, em Abril contraiu o maldito Covid-19, se estava ruim agora começa a piorar, fiquei 45 dias lutando entre a vida e a morte com um pukmão debilitado cerca de 89% já comprometido, eu não sabia que era esta doença eu achava que era uma gripe comum pois os sintomas era pareceidos, protelei a minha ida ao hospital quando chegou o ponto de está tossindo sangue.

    Fique 25 dias na intubação, onde devido a posição de ficar apenas deitado me deu trombose nas duas pernas, meus rins pararam de funcionar faltou muito pouco para fazer hemodiálise, 2 paradas cardíacas e 2 paradas respiratórias, isso depois contadas pelos médicos pois na minha cabeça eu estava apenas dormindo. No final de Junho, consigo pelas graças de Deus e também pelas orações da família e amigos, consigo sobreviver ao famijerado Covid, com isso novos problemas de saúde surgem como sequelas dessa doença, ainda sinto falta de ar, mesmo fazendo o tratamento pós Covid, muita fraquesa pois não consigo nem mesmo levantar no colo o filho de 3 anos, ficar muito tempo em pé ou fazer caminhadas, sinto falta de ar e desmaios, arritmia cardiáca, trombose nas duas pernas e por fim perda de memória rescente, coisas que eu faço ao longo do dia vou esquecendo aos poucos ao ponto de não lembrar uma panela no fogão, filhos na creche e não lembrar o que fiz a dois dias atrás.

    Afastado pelo INSS desde 2017, chega o dia da perícia médica para reavaliar o meu caso e situação, o médico chega e me pergunta o que estou sentindo, relato as dores, o cansaço, falta de ar e o Covid que peguei no ano passado, passei uma manhã inteira, separando todos os documentos, receitas, exames, agendamentos de consultas, anotando as coisas para não esquecer, raios X e tudo que tinha direito, para o médico se levantar do seu trono e pedir apenas para ficar em pé e levantar a calça para ver se a ferida tinha fechado, pasmem foi isso que ele pediu, não pegou um único exame, um único raio x, nem se deu ao trabalho de perguntar se estou tomando algum remédio controlado como a Diosmina e Lexiana, que custam R$80,00 e a outra R$280,00, nem isso o médico perguntou, estou sem receber a 4 meses e ele acha que tenho dinehiro sobrando sem trabalhar.

    Hoje saiu o resultado 24.jun.2022, no parecer do médico, paciente sem dificuldade de locomoção, ferida aparentemente fechada apto para o trabalho, ou seja, pra ele a ferida fechou depois de lutar com essa infecção desde 2014 cerca de 8 anos, ele alega que estou bem e posso voltar a trabalhar as outras comorbidades de saúde eu me vire nos 30, é muito achismo nesses médicos não só do INSS mas da rede pública também, não avaliam direito, não olham exames, mau chegam perto do paciente, triste realidade da nossa sociedade.

    Sem conseguir trabalhar, devido aos inumeros problemas de saúde, o que me resta entrar com um advogado para tentar uma aposentadoria por invalidez, apertar o sinto ainda mais em casa e se virar com o que tem pra hoje, em ato de desabafo escrevo este imenso texto, gostaria de em ação de desespero pedir ajuda das pessoas com o que puder, pois sem trabalhar fica complicado para todo e qualquer pai de família.


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Blog do Jeffh

Jornalismo, Formação em História, Geografia e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, Analista de Sistemas, Blogueiro.

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